4.9.17

Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá

Muitas pessoas não sabem onde eu estou, o que eu estou fazendo, por quanto tempo ficarei dessa vez, isso porque eu me distanciei bastante da internet e só quem tem um contato beeem direto comigo sabe, mas acho válido contar isso para todos, então vamos lá!

Viena - Áustria
Eu vim para a Europa na metade de 2014 (uau, três anos, acabei de me ligar) com o objetivo de voltar para o Brasil depois de um ano e ter minha vidinha lá normalmente, como se nada tivesse acontecido, mas eu não sabia que isso seria tão difícil. Por isso eu voltei para cá depois de dois meses no Brasil e desde então estou nesse vai e vem.

Infelizmente eu não moro mais na Holanda, sim muito infelizmente porque eu sou louca por aquele país! Hoje eu moro em Viena, a capital da Áustria, aqui na divisa com a Hungria e a Alemanha, a terra daquele senhor bem louco, para ser educada,  chamado Hitler (não confundam com Australia, a terra do canguru).

Estou em uma luta diária com o alemão, por que apesar de não ser a Alemanha, a língua oficial daqui é o alemão, da mesma forma que falamos português no Brasil, apesar de não sermos Portugal (tomei esse tapa na cara de graça, tá, quem sabe merecidamente, esses dias). Comendo muito Schnitzel e Kartoffelsalat, tendo que dançar samba (o que eu não sei) cada vez que digo que sou brasileira, aprendendo a gostar de vinho seco e vivendo uma vida que eu nunca imaginei.

Diferente do que muitos pensam eu não "virei rica", não moro em um castelo e apesar de ter uma vida até que bem boa, morro de saudades do Brasil! Daria tudo por um pão com mortadela, um cachorro quente completo com duas VINAS, o feijão da vovó e o chimarrão da minha tia. 

Eu odeio quando me perguntam o que eu estou da fazendo da vida e se e quando eu vou voltar, porque nem eu sei, então acho que só me resta cantar como o Zeca Pagodinho "Deixa a vida me levar, vida leva eu". Eu estou vivendo um dia de cada vez, vivendo o hoje sem pensar muito no ontem ou no amanhã, sem colocar muita pressão nos meus ombros. Eu estou aprendendo coisas novas, vivendo sonhos e desafios, ampliando meus horizontes e curtindo o que me acontece, porque eu percebi que a vida é curta demais para viver cheia de cobranças, estresse e seguindo a risca o que uma sociedade cega dita como certo. 

Bis bald, até logo!
Camila

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